O ministro FlÔvio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu prazo de 10 dias para a Câmara dos Deputados e o Senado informarem como vão fazer o registro dos parlamentares autores de emendas de comissão e de bancada ao Orçamento da União.
A decisão do ministro foi proferida nesta sexta-feira (25) no âmbito do processo que determinou medidas de transparência e rastreamento das emendas.
Para o ministro, são necessÔrias mais informações sobre o registro dos pagamentos, após falhas apontadas pelo Instituto Não Aceito Corrupção, a Associação Contas Abertas e a Transparência Brasil no formulÔrio que deve ser usado pelo Congresso para fazer os registros, conforme a Resolução 001/2025.
“Os anexos II e VII nĆ£o possuem campo próprio para a identificação do parlamentar proponente das alteraƧƵes, comprometendo a transparĆŖncia e a rastreabilidade”, apontou o ministro.
Em fevereiro, FlƔvio Dino homologou o plano de trabalho no qual o Congresso se comprometeu a identificar os deputados e senadores responsƔveis pelas emendas, liberando o pagamento das emendas.
Pelo plano da CĆ¢mara e do Senado, a partir do exercĆcio financeiro deste ano nĆ£o serĆ” mais possĆvel empenhar emendas sem a identificação de parlamentar que fez a indicação da emenda e da entidade que vai receber os recursos.
O impasse sobre a liberação das emendas começou em dezembro de 2022, quando o STF entendeu que as emendas RP9, de relator, eram inconstitucionais. Após a decisão, o Congresso Nacional aprovou uma resolução que mudou as regras de distribuição dos recursos para cumprir a determinação da Corte.