O Rio de Janeiro será palco, neste fim de semana, da Primeira Cúpula das Vozes Quilombolas pelo Clima.
O evento, promovido pela Koinonia Presença Ecumênica e Serviço em parceria com a Associação das Comunidades Remanescentes de Quilombo do Estado do Rio de Janeiro, acontece neste sábado (15), e vai reunir lideranças quilombolas, representantes do poder público e organizações da sociedade civil para discutir justiça climática, proteção territorial e preservação ambiental.
Para o secretário de Planejamento e Cooperação da Koinonia, Rafael Soares, a iniciativa, que acontece em paralelo à COP30, quer reforçar o papel dos territórios quilombolas na preservação e na proteção das florestas e biomas afetados diretamente pela crise climática.
“São comunidades que tem muitos desafios, desafios que ultrapassam a sua própria capacidade de estarem sempre lutando e sustentando o nosso ambiente com seu modo de vida. Plantando, mantendo matas, são comunidades que necessitam de muito mais muito mais política pública em seus territórios.”
Rafael destaca, ainda, a importância do evento no Rio de Janeiro.
“Será um dia de mobilização, de colocar à luz vozes que são ocultadas. Nós temos 54 comunidades quilombolas, só aqui no município do Rio de Janeiro são sete comunidades e o restante estão pelo estado lutando pela sua visibilidade e ao mesmo tempo defendendo a Mata Atlântica com o seu modo de vida, sua cultura local”.
Durante o encontro, neste sábado, na Fundição Progresso, na Lapa – importante espaço de cultura e resistência no Rio de Janeiro – será lançado o Fórum Itinerante “Cuidar da Terra é Cuidar da Gente: A Luta Quilombola pela Mata Atlântica”. A programação inclui mesas de debate e uma celebração cultural no fim do dia.



