Presente na COP30, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos, comemorou a participação histórica da sociedade civil na conferência, que ocorre em Belém, no Pará.
Para Boulos, é o momento dos líderes mundiais ouvirem as demandas do povo para preservar o planeta.
“Isso vai fazer, eu acredito muito, não só com que as decisões dessa COP possam ouvir. Ouvir não só os líderes globais, mas ouvir também o povo, mas também o com que depois elas tenham mais continuidade e efetividade. Porque a COP acaba, o povo fica, os movimentos ficam, as mobilizações ficam e é esse mesmo povo organizado que vai depois ajudar a pressionar para que as metas e os objetivos aprovados nessa COP sejam tirados do papel e colocados na prática”.
Segundo o ministro, mais de 10 mil representantes da sociedade civil de todo o mundo estão credenciados para a zona azul, onde ocorrem as negociações oficiais dos países. Além disso, há centenas de atividades diárias na zona verde, que é aberta ao público, além da Cúpula dos Povos, que começa nesta quarta-feira (12).
Guilherme Boulos também cobrou ações dos países ricos para efetivar medidas que ajudem a reduzir a temperatura do planeta.
“Presidente Lula, no seu discurso de abertura da COP, já deu um recado. Essa tem que ser uma COP da verdade, da efetividade e os grandes líderes globais, os países mais ricos do mundo, que foram os maiores responsáveis pela emissão de carbono para a gente estar nessa situação, têm que levantar a bunda da cadeira e ajudar na solução do problema”.
PL Antifacção
Ao comentar o clima político no Congresso Nacional, o ministro Boulos questionou a intenção do deputado Guilherme Derrite, do PL de São Paulo, que é secretário estadual de segurança pública licenciado, de querer tirar a autonomia da Polícia Federal em investigações no relatório dele sobre o projeto de lei antifacções.
“O Derrite, depois da gente ter botado milhares de pessoas na rua no Brasil inteiro contra a PEC da blindagem, da bandidagem, ele tá fazendo a PEC da blindagem 2.0. Que é blindar o crime organizado, dificultando a Polícia Federal de fazer investigação. O que que ele tem medo? Acho que essa pergunta tem que ser respondida. Ele tá com medo de quê? Para querer impedir a Polícia Federal de investigar o crime organizado? Ele tá protegendo alguém? Ele tá querendo acobertar alguém?”.
Após críticas do governo e da PF à proposta relatada por Derrite, o projeto de lei deve ser pautado nesta quarta-feira para votação no Plenário da Câmara.


